A exposição foi organizada de forma a simular um desfile de escola de samba, destacando as origens e a carreira musical de Ivone Lara. A sambista teve uma longa trajetória defendendo tratamentos humanizados nos serviços psiquiátricos, sendo reconhecida como a primeira mulher brasileira a assinar um samba-enredo. Além de Dona Ivone, outras 10 mulheres negras, brancas e indígenas que marcaram a história da saúde pública brasileira foram homenageadas, como as enfermeiras Wanda Horta, Roseni Rosangela de Sena, Anna Nery, Simone Maria Leite Batista, Isabel dos Santos e a médica Fátima Oliveira.
A exposição terá uma segunda etapa em maio, onde serão celebradas as trajetórias de mulheres vivas e atuantes na área da saúde. Dona Ivone Lara, que faleceu em 2018 aos 96 anos, dedicou parte significativa de sua vida ao Ministério da Saúde, onde se especializou como terapeuta ocupacional e introduziu abordagens musicais inovadoras no tratamento de pacientes no Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro.
Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui o Dia Nacional da Mulher Sambista, celebrado em 13 de abril, data do nascimento de Ivone Lara da Costa. O legado de Dona Ivone Lara e das demais mulheres homenageadas na exposição é de extrema importância para a história da saúde pública no Brasil, destacando a contribuição feminina para o avanço e humanização dos serviços de saúde no país.