De acordo com o projeto de lei proposto por Carlos, os cardápios vegetarianos e veganos seriam proibidos nas instituições de ensino, e os professores estariam impedidos de promover a mudança nos hábitos alimentares dos estudantes por meio de workshops, seminários e palestras. O vereador não apresentou dados científicos que embasem a sua proposta, mas mencionou reportagens que, segundo ele, justificam a proibição.
O texto do projeto também argumenta que o incentivo aos cardápios vegetarianos seria resultado de um “ecofanatismo alheio” e que as famílias têm o direito de não adotar uma “agenda militante” em relação à alimentação saudável. Para que o projeto se torne lei, ele precisa ser aprovado por maioria na Câmara Municipal do Rio e sancionado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD).
Carlos Bolsonaro, que recentemente trocou o Republicanos pelo PL, partido de seu pai, Jair Bolsonaro, está no sexto mandato como vereador na cidade do Rio. Ao longo de mais de duas décadas na Câmara Municipal, o parlamentar já teve 13 projetos de sua autoria aprovados e transformados em leis, além de outros quatro que foram considerados inconstitucionais após a aprovação pelos vereadores.
A proposta de Carlos Bolsonaro ainda deve passar por várias comissões na Câmara Municipal antes de ser votada e, caso aprovada, entrará em vigor após a sanção do prefeito Eduardo Paes. A repercussão do projeto de lei tem dividido opiniões e gerado debates sobre a liberdade de escolha e a influência política na alimentação das crianças nas escolas.