A principal pauta dessa mobilização é a luta contra o chamado marco temporal, uma tese jurídica que limita a demarcação de terras apenas às áreas ocupadas pelos indígenas até a data da promulgação da Constituição Federal de 1988. Mesmo com a declaração de inconstitucionalidade do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado, o Congresso Nacional aprovou uma lei que o validava.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a lei, mas deputados e senadores derrubaram o veto, o que gerou preocupação entre as organizações indígenas. A expectativa agora é de que o STF reafirme a inconstitucionalidade da medida, garantindo assim os direitos territoriais dos povos indígenas.
O Acampamento Terra Livre é uma importante ferramenta de mobilização e visibilidade para as demandas indígenas, reunindo lideranças, representantes de diversas etnias e apoiadores da causa. O evento é um espaço de resistência e de reivindicação dos direitos dos povos originários, que lutam pela proteção de suas terras e pelo respeito à sua cultura e tradições.
Nesse cenário de intensa mobilização e debate, a projeção de frases de apoio no Congresso Nacional mostra a força e a unidade dos povos indígenas na luta pelos seus direitos. É mais um capítulo importante na longa trajetória de resistência e luta dessas comunidades ancestrais, que buscam o reconhecimento e a garantia de seus territórios e de sua existência.
