Os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram presos no último domingo (24), após um relatório final da investigação apontar que Domingos e Chiquinho foram os responsáveis por contratar o ex-policial militar Ronnie Lessa para assassinar Marielle. Rivaldo teria ajudado a planejar o crime e utilizado seu cargo para dificultar as investigações.
As transferências dos suspeitos ocorreram um dia após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiar a votação sobre a legalidade da detenção de Chiquinho Brazão, que é deputado federal pelo Rio de Janeiro. O parlamentar, que está sem partido após ser expulso do União Brasil, tem a prerrogativa de ser inviolável conforme previsto na Constituição Federal. Sua prisão precisa ser analisada e aprovada pela maioria dos 513 parlamentares que constituem a Câmara dos Deputados.
Rivaldo Barbosa não foi transferido e permanece em Brasília. O caso do assassinato da vereadora Marielle Franco em março de 2018 chocou o país. Marielle foi morta após participar de um encontro no Instituto Casa das Pretas, no centro do Rio de Janeiro, juntamente com seu motorista Anderson Gomes. O ex-policial militar Ronnie Lessa é acusado de ser o executor do crime e aguarda julgamento, estando preso desde 2019 por outros crimes, como contrabando de armas de fogo.
A operação da Polícia Federal para transferir os suspeitos repercutiu em todo o país, colocando luz sobre a investigação dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. O caso continua sendo acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades, que buscam justiça e esclarecimento sobre esses crimes que abalaram a nação.