Essa dolorosa realidade levou Wallen a se isolar durante sua infância e adolescência, enfrentando não só a dor física, mas também o desenvolvimento de condições psicológicas como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), ansiedade e depressão. A busca por um diagnóstico só aconteceu pouco antes de sua formatura no ensino médio, em 2020, quando Wallen decidiu que era hora de buscar ajuda para poder levar uma vida normal e frequentar a faculdade.
Após uma série de exames médicos, a jovem recebeu o diagnóstico não só de PGAD, mas também de vestibulodinia neuroproliferativa congênita, condição que causa hipersensibilidade dos nervos pélvicos ao toque. Além disso, durante os exames, foi descoberto que Wallen possuía uma vagina duplicada, o que exigiu dela duas cirurgias para correção.
As cirurgias foram descritas como essenciais para melhorar a qualidade de vida de Wallen, apesar dos riscos envolvidos. A jovem teve que enfrentar o medo de perder a capacidade de sentir excitação sexual natural após as intervenções, mas mantém a esperança de poder, um dia, viver uma vida sem dor e desfrutar de uma relação sexual saudável.
É importante ressaltar que o PGAD, embora raro, afeta cerca de 1% da população, com uma ocorrência maior entre as mulheres. A coragem e determinação de Scarlet Kaitlin Wallen em compartilhar sua jornada com essa condição dolorosa serve como um lembrete da importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para aqueles que sofrem com condições médicas graves e impactantes.