Ministro Alexandre de Moraes dá prazo para PGR avaliar alegações de Bolsonaro sobre embaixada da Hungria em nota do STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste no prazo de cinco dias sobre as alegações feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em relação à sua ida à embaixada da Hungria. A decisão do ministro foi tomada após a defesa de Bolsonaro afirmar que ele sempre teve uma postura colaborativa com a Justiça brasileira e que a possibilidade de um mandado de prisão preventiva não era iminente durante a sua estadia na embaixada.

De acordo com informações divulgadas pelo STF, o ministro Alexandre de Moraes aguardará o parecer da PGR para então analisar o caso. A defesa de Bolsonaro explicou ao ministro do STF que a sua presença na embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 14 e 16 de fevereiro, não tinha o propósito de buscar asilo político ou de evadir-se das autoridades legais. As informações sobre a hospedagem de Bolsonaro na embaixada vieram à tona após o jornal New York Times ter acesso às imagens das câmeras de segurança do local.

A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar se a estadia de Bolsonaro na embaixada configuraria uma tentativa de fuga, diante do seu passaporte ter sido apreendido em uma operação que investiga um suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. A defesa do ex-presidente classificou como ilógica a ideia de que ele solicitaria refúgio político na Hungria, país governado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, amigo de Bolsonaro.

Os advogados de Bolsonaro destacaram a sua postura colaborativa com a Justiça brasileira, citando solicitações de autorização para viagens internacionais e o comparecimento a todos os atos para os quais foi intimado. Eles ressaltaram que o ex-presidente mantém uma agenda política ativa, com encontros com lideranças estrangeiras alinhadas com o seu perfil conservador. A defesa questionou a necessidade das medidas cautelares impostas por Moraes e afirmou que não havia motivos para temer uma eventual segregação cautelar de Bolsonaro.

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