Durante o interrogatório, que durou aproximadamente uma hora e meia, o delegado responsável pelo caso, Waldor Coimbra Lou, informou que o médico não confessou ter agido com imperícia ou imprudência. Segundo o delegado, o médico afirmou ter utilizado álcool, éter e outro componente químico para realizar a assepsia, e que as queimaduras ocorreram devido a uma fagulha gerada pelo bisturi elétrico durante o procedimento.
Além do médico, outras três pessoas, duas estudantes e uma médica anestesista, também serão interrogadas pela polícia, a fim de esclarecer o caso por completo.
O idoso de 78 anos foi submetido a uma cirurgia ocular no Hospital Geral do Estado, em Maceió, e sofreu queimaduras de 2º e 3º graus devido ao uso do bisturi elétrico. Após o ocorrido, ele foi encaminhado para atendimento de emergência no Centro de Tratamento de Queimados, porém acabou falecendo no dia 10 de abril em decorrência de um quadro de infecção generalizada, sendo que já possuía um diagnóstico prévio de câncer na cabeça.
Diante deste trágico desfecho, as autoridades policiais continuam investigando o caso a fim de esclarecer as circunstâncias que levaram às queimaduras e a posterior morte do idoso de 78 anos, assim como identificar as responsabilidades de cada profissional envolvido no procedimento cirúrgico.
