Lula elogia união da oposição venezuelana e pede normalidade nas eleições, criticando US por sanções – Brasil se prontifica a acompanhar o processo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a união da oposição venezuelana em torno de uma candidatura única para enfrentar Nicolás Maduro nas próximas eleições presidenciais. Durante um café com jornalistas, Lula classificou a movimentação como “extraordinária” e destacou a importância de um acompanhamento internacional do processo eleitoral.

Segundo o ex-presidente, é fundamental que as eleições na Venezuela ocorram de forma democrática e transparente, permitindo que o vencedor assuma o cargo e que o perdedor se prepare para as próximas disputas políticas. Lula expressou sua torcida para que a situação no país vizinho normalize e para que os Estados Unidos revoguem as sanções impostas à Venezuela.

Recentemente, os EUA restabeleceram as sanções ao petróleo e ao gás venezuelanos, após candidatos da oposição serem impedidos de concorrer à Presidência. Essa decisão foi tomada mesmo após um acordo de diálogo entre o governo de Maduro e a oposição, no qual estava prevista a suspensão das sanções em troca da realização de eleições livres.

No entanto, a Venezuela minimizou as sanções e garantiu que continuará realizando negócios com empresas estrangeiras. A partir de agora, todas as transações comerciais com Caracas precisarão da autorização do governo dos EUA, que poderá emitir licenças específicas caso a caso.

Na última sexta-feira, a principal coalizão oposicionista da Venezuela confirmou a candidatura do diplomata Edmundo González Urrutia como representante de María Corina Machado, que teve sua candidatura barrada pelo órgão eleitoral. A Plataforma Unitária Democrática (PUD) inscreveu González de última hora, após denunciar o bloqueio de Yoris e garantir sua aprovação de forma unânime.

Diante desse cenário político tenso na Venezuela, a atuação da oposição e os desdobramentos das eleições serão acompanhados de perto pela comunidade internacional, especialmente pelo Brasil, que se mostrará disposto a colaborar pela normalização democrática do país vizinho.

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