Ao votar no início da tarde, Javier Milei expressou sua confiança no povo argentino, declarando que “tudo o que tinha de ser feito já foi feito” e incentivando as pessoas a falarem apesar da “campanha do medo”. O candidato vitorioso da coalizão La Libertad Avanza enfatizou a necessidade de esperança para impedir a “continuidade da decadência” no país, que tem enfrentado uma grave crise econômica, com uma inflação de 142,7% nos 12 meses terminados em outubro.
Economista de formação, Milei prometeu implementar políticas antissistema, incluindo a dolarização da economia e a eliminação do Banco Central argentino para combater a inflação. No entanto, o presidente eleito também suavizou algumas de suas promessas no segundo turno, ao garantir que não privatizaria a saúde e as escolas públicas.
Além de suas propostas econômicas, Javier Milei atraiu muitos jovens eleitores ao se posicionar contra os políticos tradicionais, que ele rotulou como “a casta”. Sua ascensão política foi comparada à de figuras antissistema internacionais, como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou as instituições argentinas pela condução do processo eleitoral, independentemente do resultado. Lula expressou seu desejo de boa sorte e êxito ao novo governo, destacando a importância da relação entre Brasil e Argentina.
Embora Milei tenha sido associado a ideias libertárias e anarcocapitalistas, suas políticas e declarações controversas têm gerado debates e divisões na sociedade argentina, bem como em países vizinhos. Com uma vitória incontestável, o futuro presidente terá a responsabilidade de unir o país e cumprir suas promessas de mudança.