O empresário Luciano Inojosa Moreira da Rocha foi quem fez a denúncia, apontando que o IGPS teria recebido mais de R$36 milhões em Palmeira dos Índios para a execução de serviços no setor de saúde, especificamente para melhorar o pré-natal e o atendimento a gestantes. No entanto, segundo ele, a organização contratou quase 1.700 funcionários em diversas áreas sem o devido processo seletivo, usando recursos federais – incluindo profissionais como médicos, enfermeiros, eletricistas e pintores.
A mesma situação irregular foi identificada em Palmeira dos Índios, onde o IGPS recebeu mais de R$30 milhões para serviços semelhantes. Essas alegações têm levantado questionamentos sobre a legalidade e moralidade das operações do instituto, assim como sobre a efetiva aplicação dos recursos federais destinados à saúde, educação e assistência social nos municípios afetados.
A revelação de que o presidente do IGPS, cuja última ocupação registrada foi como mestre de obras, lidera uma instituição lidando com contratos milionários e serviços públicos, gerou ainda mais controvérsia. Isso levantou dúvidas sobre a qualificação e competência da liderança do instituto para gerir tais responsabilidades, bem como sobre a falta de preparo técnico para lidar com a gestão de políticas sociais.
A denúncia de Inojosa foi formalmente apresentada à Controladoria Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal (MPF), que agora estão investigando o caso. A CGU confirmou o registro da denúncia e encaminhou o processo à Secretaria de Controle Interno para averiguação. Além disso, o processo de Chamada Pública nº 01/2022 e o Termo de Colaboração assinado entre a Prefeitura de Penedo e o IGPS estão sob escrutínio por possíveis irregularidades legais.
Enquanto as prefeituras envolvidas defendem a legalidade do processo de contratação, alegando que foi realizado de acordo com as normas legais e visando a melhoria dos serviços prestados à população, a investigação continua em curso. Este caso destaca os desafios enfrentados na gestão de recursos públicos e na implementação de políticas sociais, especialmente quando envolve possíveis práticas ilegais. As autoridades competentes terão a difícil missão de desvendar os detalhes deste caso e determinar o futuro da parceria entre os municípios de Alagoas e o IGPS.