Governo tenta recuperar R$ 1,5 milhão desviado em fraude no Siafi; investigação aponta envolvimento de servidores e uso de senhas fraudulentas.

O governo está empenhado em recuperar os R$ 1,5 milhão desviados devido a uma fraude no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), ocorrida em 5 de março. De acordo com informações de técnicos envolvidos na investigação, os criminosos utilizaram a senha de um ordenador de despesa responsável por efetuar pagamentos da União.

O montante total desviado foi de pelo menos R$ 3,5 milhões, conforme revelado pelo programa Conexão GloboNews e confirmado pelo GLOBO. Deste valor, o governo já conseguiu recuperar R$ 2 milhões, restando ainda a quantia de R$ 1,5 milhão a ser recuperada. A suspeita é de que a fraude tenha sido realizada dentro do Ministério da Gestão, com diversas operações fraudulentas realizadas.

Diante desse cenário, a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu uma investigação preliminar para apurar a possível participação de servidores na invasão ao sistema. Além disso, na semana passada, outro ataque foi registrado com a tentativa de desviar mais R$ 9 milhões. Felizmente, medidas de segurança foram implementadas e o sistema conseguiu bloquear a transferência, evitando um novo prejuízo.

A hipótese é de que os criminosos tenham se utilizado de técnicas como “fishing”, que consiste no envio de e-mails falsos solicitando a troca de senhas para conseguirem acesso ao sistema. Já foi identificado o servidor responsável pela senha utilizada na fraude, mas ainda não está claro se esse código foi roubado ou se houve cumplicidade de outros envolvidos.

Os investigadores descobriram que os fraudadores conseguiram acesso a várias senhas para burlar o sistema e realizar pagamentos simulados, utilizando CPFs fictícios de supostos credores. Parte do dinheiro desviado pode até mesmo ter sido enviado para o exterior, conforme apontam as investigações em andamento.

Apesar do impacto financeiro, o governo descartou que o desvio seja suficiente para afetar de forma significativa o resultado fiscal nacional. É importante ressaltar que, para autorizar os pagamentos, são necessárias as senhas de, no mínimo, três pessoas, o que demonstra a sofisticação do esquema montado pelos criminosos.

Até o momento, foram identificadas 16 senhas utilizadas de forma fraudulenta e mais de 200 tentativas de realizar pagamentos a falsos credores. As investigações estão em andamento, conduzidas pela Polícia Federal e Abin, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e garantir a segurança do sistema de administração financeira da União.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo