A chapa Lieberman-Gore obteve uma vitória apertada no voto popular, mas a contagem de delegados do Colégio Eleitoral foi parar nos tribunais, com a Flórida desempenhando um papel crucial na definição do resultado. Após uma série de reviravoltas, a Suprema Corte acabou decidindo a favor de Bush, encerrando um período de incerteza de 36 dias sobre quem seria o próximo presidente dos Estados Unidos.
Lieberman tentou concorrer nas eleições presidenciais seguintes, porém o seu apoio à Guerra no Iraque, lançada por George W. Bush, prejudicou suas chances de ser indicado pelo Partido Democrata. Em 2008, quase se tornou companheiro de chapa do republicano John McCain, mas acabou preterido em favor de Sarah Palin.
Ao longo de sua carreira política, Lieberman foi elogiado por sua postura independente e suas posições progressistas em temas como os direitos LGBT, aborto e meio ambiente. Após se aposentar do Senado em 2013, ele continuou ativo como advogado em Nova York, demonstrando que nem sempre se enquadrava em rótulos políticos convencionais.
Nas últimas décadas, Lieberman se tornou um dos líderes do movimento No Labels, buscando apresentar alternativas de candidatos para as eleições presidenciais. No entanto, essa abordagem de “terceira via” tem sido criticada por grupos alinhados aos democratas, que temem um possível impacto negativo nas eleições e a eventual vantagem de Donald Trump.
Joseph Lieberman deixa um legado de comprometimento com a política e a defesa de suas convicções, tendo marcado presença no cenário político norte-americano por várias décadas. Sua morte representa uma perda significativa para a política dos Estados Unidos e será lembrada por sua atuação dedicada em prol de questões importantes para a sociedade.
