EDUCAÇÃO – Manifestantes se acampam na USP em solidariedade aos palestinos em ato contra genocídio em Gaza, pedindo fim das parcerias acadêmicas com Israel.

Na manhã desta quarta-feira (8), cerca de 150 manifestantes estão acampados no pátio da faculdade de História e Geografia na Universidade de São Paulo (USP) em um ato de solidariedade ao povo palestino. A ação dos estudantes se assemelha ao que vem ocorrendo em diversas universidades nos Estados Unidos, onde jovens protestam veementemente contra o genocídio que vem ocorrendo em Gaza.

Além de pedir um cessar-fogo imediato, o movimento no Brasil também está demandando o fim das parcerias acadêmicas entre a USP e as universidades israelenses. A coordenadora da rede Samidoun de solidariedade aos prisioneiros palestinos, Rawa Alsagheer, explicou que o objetivo é romper os laços entre a USP e a Universidade de Haifa, a Universidade de Telaviv e outra instituição israelense. Segundo Alsagheer, essas relações acadêmicas resultam no desenvolvimento de tecnologias que estão sendo utilizadas para massacrar o povo palestino.

No contexto do acampamento, o coletivo Vozes Judaicas por Libertação realizou uma oficina buscando dissociar os judeus do sionismo. Eles condenam tanto os ataques do Hamas quanto os crimes de guerra cometidos por Israel, defendendo o direito dos palestinos à autodeterminação como um povo colonizado.

Procurada para comentar sobre o acampamento e as reivindicações dos manifestantes, a Universidade de São Paulo não se pronunciou até o fechamento desta matéria. As manifestações continuam em meio ao início de uma operação militar israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde estão aproximadamente 1,5 milhões de refugiados palestinos.

O governo brasileiro, através do Itamaraty, repudiou veementemente a ação das forças armadas de Israel em Rafah, afirmando que tal ação desrespeita os princípios básicos dos direitos humanos e humanitários. O Brasil solicita que todas as partes envolvidas busquem o diálogo visando um cessar-fogo e a libertação dos reféns.

Em contrapartida, o governo israelense, sob o comando do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, emitiu uma declaração oficial justificando a operação militar em Rafah como uma tentativa de eliminar o Hamas e resgatar reféns israelenses. Netanyahu alega que a proposta de cessar-fogo intermediada pelo Egito e aceita pelo Hamas tinha o objetivo de evitar a entrada das forças israelenses em Rafah.

As manifestações e protestos em solidariedade ao povo palestino continuam ganhando força e destaque, com diferentes atores e movimentos se posicionando sobre o conflito em andamento. A pressão internacional e as demandas por um diálogo pacífico parecem ser os caminhos buscados para encontrar soluções e garantir a segurança e o respeito aos direitos humanos na região.

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