A decisão foi divulgada durante a apresentação do balanço financeiro do primeiro trimestre de 2024. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância da iniciativa, destacando a necessidade de reconstrução do Rio Grande do Sul e de adaptação do estado às mudanças climáticas. Segundo ele, com o avanço do aquecimento global, os extremos climáticos serão cada vez mais frequentes e fortes, tornando essencial pensar estrategicamente em relação ao futuro.
O superintendente de operações e canais digitais do BNDES, Marcelo Porteiro, explicou que a suspensão dos pagamentos poderá ser solicitada por qualquer empresa sediada no Rio Grande do Sul até 31 de outubro. São 56 mil operações elegíveis, principalmente de micro, pequenas e médias empresas. Após o período de suspensão, as empresas terão duas opções para quitar os valores: diluir nas parcelas restantes do contrato ou prorrogar o prazo original por mais um ano.
Além disso, o BNDES destinou R$ 500 milhões para reforçar o fundo garantidor FGI Peac Crédito Solidário, criado para facilitar o acesso ao crédito de micro, pequenas empresas e MEIs. Esse apoio se torna fundamental, pois muitas vezes esses empreendedores não conseguem obter financiamento devido à falta de garantias. A ativação do fundo possibilitará o acesso ao crédito em bancos públicos e privados, impulsionando a economia local.
Outra medida apresentada foi a dispensa transitória da verificação da regularidade tributária para obter crédito em bancos públicos como BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Essa proposta, que será implementada por medida provisória nos próximos dias, visa facilitar o acesso ao crédito em um momento de crise enfrentado pelas empresas.
Diante das necessidades de investimento em infraestrutura no estado, Mercadante ressaltou a urgência de melhorias em rodovias e internet banda larga. Com essas ações, o BNDES busca apoiar as empresas gaúchas e contribuir para a recuperação econômica da região.
