ECONOMIA – A presidente da Caixa anuncia possibilidade de pagamento do Bolsa Família utilizando a moeda digital brasileira.

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (26) que os benefícios sociais e trabalhistas poderão ser pagos no futuro por meio do real digital, a criptomoeda oficial desenvolvida por empresas autorizadas pelo Banco Central (BC). Maria Rita Serrano, presidente da Caixa, afirmou que a intenção é aproveitar o real digital para promover a digitalização financeira e a inclusão social.

A Caixa lançou um consórcio em parceria com a bandeira de cartões de crédito Elo e a Microsoft para o projeto-piloto do real digital. A Elo fornecerá opções de pagamento em parcelas com criptoativos, enquanto a Microsoft contribuirá com a experiência tecnológica para acelerar a implementação da criptomoeda oficial.

Um dos produtos a serem desenvolvidos pelo consórcio será a compra de imóveis usando o real digital. A proposta é que o processo funcione como um Pix, facilitando a aquisição e o pagamento de prestações da casa própria. A ideia é aumentar a velocidade e reduzir os custos dos financiamentos habitacionais.

A expectativa é de que o real digital esteja disponível para a população no fim de 2024, após passar por testes desde março. A tokenização, que é a representação digital de bens ou produtos financeiros, permitirá a compra e venda de ativos em ambientes virtuais.

Os testes dos sistemas desenvolvidos pelos consórcios autorizados pelo BC terão início em setembro. A segurança da plataforma escolhida pelo BC será avaliada nas operações simuladas entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras. Os ativos utilizados no projeto piloto incluirão depósitos bancários, contas de pagamento e títulos públicos federais.

Com a liderança da Caixa na concessão de crédito imobiliário no país, a adoção do real digital nas transações poderá influenciar todo o mercado, agilizando e melhorando o atendimento nos financiamentos habitacionais. O consórcio está construindo os sistemas que serão acoplados à plataforma de testes criada pelo Banco Central, e espera-se que sejam desenvolvidas soluções tanto tradicionais quanto inovadoras para reduzir fricções e custos no sistema financeiro.

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