Durante o discurso, Anielle ressaltou a diversidade cultural do país e a significativa contribuição histórica dos negros para essa diversidade. No entanto, ela enfatizou que “essas diferenças não podem significar desigualdade de oportunidades e direitos”. A ministra citou dados alarmantes que comprovam a maior vulnerabilidade dos negros em relação à fome, insegurança alimentar e violência, evidenciando a persistência do racismo na sociedade brasileira.
“Temos o mesmo direito de viver com dignidade, de ter acesso à educação desde a creche. Saúde, emprego, salário justo, segurança, moradia digna e alimentação de qualidade. Temos todas e todos o direito de sonhar, de realizar nossos sonhos”, enfatizou a ministra, reafirmando seu compromisso com a defesa dos direitos da população negra.
Anielle lembrou, ainda, da luta histórica do povo brasileiro e dos movimentos sociais na conquista dos direitos sociais. Ela mencionou as ações implementadas durante os mandatos do ex-presidente Lula, que visavam reduzir as desigualdades, como a criação da política de cotas nas universidades e nos cargos e funções comissionadas no serviço público, além da lei que equipara injúria racial ao crime de racismo, entre outras medidas.
A ministra encerrou seu discurso reafirmando o compromisso do governo em trabalhar pela memória e reparação em busca de uma vida digna para o povo brasileiro e pelo desenvolvimento do país. Ela destacou a importância de seguir construindo um Brasil pela igualdade racial, visando um país mais justo e mais feliz.
O Dia da Consciência Negra é uma data significativa que faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, pelas mãos de tropas portuguesas. Zumbi dos Palmares foi o líder da resistência de milhares de negros contra a escravidão, no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas. Essa data representa a luta e a resistência do povo negro contra a opressão e a busca pela igualdade de direitos.
