Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua pesquisa Estatísticas do Registro Civil, realizada no Rio de Janeiro. Segundo o levantamento, a maioria dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo foi entre cônjuges femininos, representando 60,2% do total.
Apesar do crescimento, os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo ainda representam apenas 1,1% do total de 970 mil casamentos registrados no país em 2022, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.
A pesquisa também revelou uma mudança nas idades dos cônjuges, com um aumento na idade média dos que se casam. Em 2000, apenas 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais, enquanto em 2022 esse percentual subiu para 24,1%. Entre os homens, a porcentagem passou de 10,2% para 30,4% no mesmo período.
Além disso, o número de divórcios concedidos em primeira instância ou realizados por escrituras extrajudiciais em 2022 foi de 420 mil, um crescimento de 8,6% em relação a 2021. Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas do que as mulheres.
As estatísticas também mostram que a guarda compartilhada tem se tornado cada vez mais comum entre os pais divorciados, passando de 7,5% em 2014 para 37,8% em 2022. As mulheres continuam sendo as principais responsáveis pela guarda dos filhos menores, mas em proporção menor, enquanto a responsabilidade dos homens nesse sentido tem diminuído ao longo dos anos.
Em resumo, os dados do IBGE refletem as mudanças nas relações matrimoniais e familiares da sociedade brasileira, com um aumento nos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, uma elevação na idade dos cônjuges e uma maior aceitação da guarda compartilhada entre pais separados. A pesquisa sinaliza a evolução e adaptação das estruturas familiares às transformações sociais e legais ocorridas nas últimas décadas.