A audiência, que aconteceu no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado, às 14h30, foi aberta ao público, permitindo que interessados acompanhassem a reunião pelo portal e-Cidadania. Este evento foi especialmente significativo para o Brasil, visto que devido à dupla vulnerabilidade da mulher negra, a campanha 21 Dias de Ativismo começa no Dia Nacional da Consciência Negra e é voltada para o fim da violência contra as mulheres.
Um dos tópicos centrais da discussão foi a violência política de gênero, que se caracteriza por qualquer ato com o objetivo de excluir a mulher do espaço político. Isso pode incluir ameaças, violação da intimidade e exclusão de debates. A violência política de gênero pode ocorrer tanto durante o processo eleitoral quanto durante o mandato, interrompendo as falas das mulheres e limitando seu acesso a debates e tomadas de decisão.
A campanha internacional 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher acontece em cerca de 150 países e tem início em 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, e termina em 10 de dezembro, data da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. No entanto, no Brasil, a campanha começa em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e é intitulada de 21 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres.
A discussão realizada pela Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher do Congresso Nacional foi uma importante oportunidade para abordar a violência de gênero e raça nos espaços de poder e, com isso, contribuir para o avanço na luta pelo fim da violência contra as mulheres. A participação do público, por meio do portal e-Cidadania, demonstrou o interesse e a importância do debate sobre esse tema na sociedade brasileira.