Café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto: Lula comenta veto, ato de Bolsonaro, crise com Congresso e pesquisas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu um café da manhã no Palácio do Planalto na última terça-feira, 23, reunindo jornalistas para discutir diversos temas políticos e econômicos que estão em destaque no cenário nacional. Durante o encontro, Lula respondeu a questionamentos sobre o veto ao projeto de lei que pretende acabar com a “saidinha” de presos, a meta fiscal de superávit primário do governo, a relação com o Congresso Nacional, a baixa aprovação do governo em pesquisas de opinião, entre outros assuntos.

Em relação ao veto ao projeto que acaba com a “saidinha” de presos, o presidente ressaltou que caso o Congresso decida derrubar o veto, a responsabilidade será do Legislativo. Amanhã, quarta-feira, 24, uma sessão conjunta da Câmara e do Senado será realizada para definir o futuro desse projeto.

Durante o café da manhã, Lula também comentou sobre o ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrido na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último domingo. O petista afirmou que não acompanhou o evento e se dedicou a observar os ninhos de joão-de-barro no Palácio da Alvorada.

Sobre a crise entre o Planalto e o Congresso Nacional, o presidente tentou minimizar os desentendimentos, destacando que fazem parte do jogo político. Lula afirmou ainda que é fundamental manter uma relação harmoniosa com os congressistas, indicando um possível acordo com o Centrão.

A questão da baixa aprovação do governo em pesquisas de opinião também foi abordada por Lula, que destacou não fazer sentido se preocupar com a popularidade no início do mandato. O presidente apostou em uma maior divulgação dos programas governamentais e em uma maior proximidade com o eleitorado evangélico.

Em relação aos gastos do governo, Lula criticou a visão de que despesas com áreas como educação, saúde e desenvolvimento social são consideradas “gastos”. O presidente ressaltou que “tudo no Brasil é gasto” e que é necessário equilibrar as contas públicas.

A respeito das greves dos servidores públicos por reajustes salariais, Lula demonstrou apoio às manifestações, anunciando um aumento salarial para todas as carreiras, embora não deva contemplar integralmente as reivindicações dos grevistas.

Por fim, Lula fez críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em relação à taxa básica de juros do país, a Selic, que atualmente está em 10,75%. O presidente ressaltou que altas taxas de juros prejudicam a população brasileira e demonstrou que sua prioridade é o bem-estar do país.

Sobre a volta do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha ao cenário político, Lula afirmou que seria anormal se ele estivesse exercendo influência nas decisões do Congresso Nacional. Cunha tem circulado por Brasília e já afirmou que pretende concorrer novamente em 2026.

Dessa forma, o café da manhã de Lula com os jornalistas se mostrou como um momento de esclarecimentos e posicionamentos importantes em meio a um cenário político turbulento e cheio de desafios para o governo.

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