A composição do G20 é formada por 19 países e dois órgãos regionais, que representam cerca de 85% do PIB mundial, mais de 75% do comércio mundial e aproximadamente dois terços da população global. No último dia 1º de dezembro, o Brasil assumiu a presidência temporária do grupo por um ano, com destaque para três prioridades de discussão: combate à fome, questões climáticas e governança global.
Inicialmente, o G20 se concentrava em questões macroeconômicas gerais, mas expandiu sua agenda para incluir temas como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção, tornando-se um dos principais fóruns de coordenação geopolítica do planeta.
Durante a presidência brasileira, será constituído o G20 Social, que visa incluir a sociedade civil no processo de construção de políticas públicas e decisões do grupo. Este novo evento foi anunciado pelo presidente Lula durante a 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do G20, em Nova Délhi, na Índia, quando o Brasil assumiu simbolicamente a presidência do bloco.
As primeiras reuniões preparatórias começarão ainda este ano, com destaque para o encontro inédito das Trilhas de Sherpas e de Finanças, que unem as pautas políticas e financeiras desde o início das atividades do G20. A Trilha de Sherpas envolverá diplomatas emissários de cada país e bloco do G20, e a Trilha de Finanças tratará de assuntos macroeconômicos estratégicos.
O cronograma também inclui reuniões em cidades fora do Brasil, como Atlanta, Washington e Nova York, nos Estados Unidos, além de Genebra, Bruxelas e Paris, aproveitando a realização de outros encontros internacionais. No Brasil, os eventos acontecerão em 13 cidades ao longo do ano, exemplificando o amplo esforço envolvido na preparação para a reunião principal do G20 em 2024.